segunda-feira, 27 de junho de 2016

Amsterdão - Dia 6

Não é nem nunca foi pretensão que estas linhas, incluindo a presente, se reduzissem a um cronograma de uma viagem, como se de um cardápio ou ementa se tratasse.

Pelo contrário, o objectivo - conseguido ou não cada um avaliará por si - mais relevante será o de partilhar a experiência do ponto de vista pessoal de uma visita a uma cidade fascinante, mas igualmente partilhar algumas dicas que, ano após ano, venho seguindo relativamente às quais cada vez mais acredito serem correctas para o usufruto (quase) pleno de uma viagem tendo em conta as limitações de tempo e de orçamento.

Talvez por isso mesmo creio ser ainda oportuno sublinhar 3 aspectos que seguem em linha com os princípios referidos no parágrafo anterior.

Em primeiro lugar a relevante questão das refeições. 

A verdade é que os preços das refeições em determinados territórios - e Amsterdão não é excepção - podem revelar-se bastante caras se não houver a opção de fazer refeições no próprio local de estadia.

Em geral no próprio hotel as refeições são significativamente mais caras do que nos outro locais, por isso a opção recai normalmente em restaurantes de refeições rápidas (não necessariamente em cadeias de fast-food). No fundo trata-se de "abdicar" por uns dias dos hábitos de refeição em "troca" de factores de absoluta conveniência.

Interessante é igualmente a opção por culinárias menos "convencionais" de outras paragens e que dificilmente se encontram nos países de origem.

Por isso mesmo a opção por um restaurante Indonésio ou Vietnamita foram escolhas naturais.

Em segundo lugar, a preparação de uma viagem deve levar em conta que certas atracções são visitadas por milhões de turistas todos os anos e, geralmente fazem-no aos fins-de-semana. Por isso mesmo é aconselhável programar a visita a esses locais noutro qualquer dia da semana.

Não evita necessariamente as filas de espera mas, presumivelmente, serão menos extensas.

Amesterdão não foi excepção com interessantes visitas à sinagoga portuguesa e ao museu Rembrandt.

Por fim referir que normalmente guardo sempre o último dia (ou mais exactamente o tempo disponível no último dia) para visitar aquilo que não foi possível por algum motivo num dos outros dias.

Trata-se, por assim dizer, de um período de salvaguarda que se torna preferível que fique livre no plano inicial para dele se fazer o que se entender (até mesmo compras se for o caso),

Visitei Amesterdão pela primeira vez há quase 20 anos. Regressei com natural vontade de melhor a conhecer num contexto de vida pessoal substancialmente distinto.

A lindíssima basílica, o fabuloso museu Hermitage foram momentos fundamentais (entre os diversos referidos nos textos anteriores) de uma viagem que, como tantas outras, fica registada na memória de tudo aquilo que guardamos de bom na vida.

Por isso mesmo e tal como costumo dizer: se por um acaso do destino amanhã algo me sucedesse, já nada nem ninguém me tiraria o privilégio que foi e tem sido conhecer aquilo que conheci.



domingo, 26 de junho de 2016

Amsterdão - Dia 5

Uma das vantagens em poder planear uma viagem sem qualquer dependência de um programa pré-formato é podermos decidir sair da cidade e ir à descoberta dos seus arredores.

Quando tal situação se coloca num país relativamente pequeno como a Holanda e ainda por cima situado na Europa central essa descoberta pode mesmo envolver outros países.

O conselho é, no entanto, que essa "aventura" seja preparada com antecedência, de forma a garantir a disponibilidade de uma viatura de acordo com as nossas necessidades e carteira, algo que está associado ao tempo estimado de duração da viagem pretendida.

Se for apenas por um dia, como foi o caso, não se justifica uma viatura grande e com especiais necessidades de bagageira, simplesmente porque ela não é necessária.

Marcar o aluguer cedo da viatura e o check-out o mais tarde possível são duas boas opções bem como pagar o valor extra correspondente ao seguro da franquia, a qual pode ser considerável em caso de um "azar".

O planeamento da viagem deve levar em consideração o que se pretende visitar e o tempo de deslocação expectável, sendo recomendado a utilização de um navegador GPS, que no meu caso é através da aplicação NAVMII, bastante completa e sem necessidade de Wi-Fi.

Havendo tempo disponível, a opção por estradas secundárias é manifestamente preferível às autoestradas, apesar da rede de estradas na Holanda ser bastante boa, bem assinaladas e, pasme-se, sem cobrança de portagens (algo que já não sucede em território belga).

Um handicap é a quase ausência de bombas de gasolina junto às autoestradas, o que obriga necessariamente a uma "gestão" da disponibilidade de combustível para efectuar a viagem sem percalços.

Assim sendo, cedo se iniciou a viagem a Brugge em território belga, uma belíssima cidade perfeitamente visitável a pé (deixando o carro fora das fortificações que marcam as diversas entradas na zona histórica de Brugges) situada a cerca de 230 kms de Amesterdão, a qual se apresenta como um cruzamento entre as cidades medievais de Lucca em Itália e Carcassone em França, embora com uma "personalidade" claramente própria.

Em seguida e de regresso a território holandês, a opção recaiu pela visita à cidade de Delft, uma pequena e particularmente bela cidade conhecida pela sua famosa cerâmica e por ser a cidade modelo de grande parte dos quadros do pintor flamengo Vermeer, apresentando ainda um conjunto assinalável de imponentes igrejas com torres com largas dezenas de metros de altura.
É impossível não imaginar os quadros de Vermeer quando se olha para as casas típicas da cidade e o seu "casamento" perfeito com a rede de canais que a cruzam com as suas águas tranquilas, repletas de nenúfares.

Em seguida a visita "obrigatória" a duas referências da Holanda: os campos de tulipas em Keukenhof e os seus típicos moinhos de vento em Zaaense Schans.

Se no caso dos campos de tulipas a desilusão foi uma realidade em virtude da respectiva colheita ter ocorrido algum tempo antes, já a visita aos moinhos foi tudo o que se esperava com a vantagem de não se encontrar "inundado" de turistas por ser já final da tarde.

Um cenário rústico, quase místico, são os ingredientes deste local.

Para lá da grande cidade de Amesterdão há um mundo essencialmente rural totalmente aproveitado (sem prejuízo das grandes cidades portuárias de Roterdão ou Antuérpia), que justificam plenamente um dia de viagem.









sábado, 25 de junho de 2016

Amsterdão - Dia 4

Cada país, cada cidade, constitui uma realidade que dificilmente poderá ser objecto de uma comparação com qualquer outro local, sob pena de se incorrer no erro crasso de comparar algo que é, em bom rigor, incomparável.

Tal resulta do facto de que cada cidade apresenta características que são inerentes àquilo que as definem e que não se confundem necessariamente com a maior ou menor riqueza cultural, podendo circunscrever-se quase exclusivamente ao modo de vida das pessoas que nela residem.

Ora, nesse aspecto Amesterdão apresenta um pouco de tudo isto embora creia existirem no mínimo 4 elementos que a definem e que, confirmando o referido anteriormente, a tornam virtualmente única.

Em primeiro lugar destacaria o facto de ser cruzada de lés a lés por extensos canais, todos eles navegáveis - e, inclusivamente, habitados junto às margens por extensas embarcações transformadas em casas de habitação - cruzados constantemente por pontes de pedra que criam claramente uma harmonia na cidade em que os canais funcionam como verdadeiras estradas, embora de forma distinta aquela que se verifica, por exemplo, na cidade de Veneza.

Em segundo lugar, a discreta antiguidade dos edifícios, quase todos eles datados do século XVI, XVII e XVIII, algo que não é imediatamente perceptível tão bom é o seu estado de conservação, embora alguns pareçam estar inclinados - e provavelmente até estarão - o que lhes confere um aspecto curioso, associado ao facto se serem geralmente tão estreitos que o acesso aos andares de qualquer objecto normal numa casa seja feita pelo exterior através das amplas janelas, puxadas por um cabo existente no eixo central (no topo) de cada prédio.

E não, não existe miscelânea arquitectónicas tão características de outras paragens, conferindo uma harmonia entre a quase totalidade dos edifícios.

A terceira característica - bem evidente - reside no facto de quase toda a população se deslocar de bicicleta ou em transportes públicos (eléctrico), sendo o uso do carro quase residual, não havendo simplesmente tráfego automóvel ou sequer a tradicional "hora de ponta".

Para tudo isto contribui o facto de se tratar de uma cidade totalmente plana mas, acrescento, uma questão cultural.

Não se julgue, contudo, que as bicicletas correspondem ao último modelo no mercado. Pelo contrário, parecem-se mais com os modelos a que facilmente associamos os modelos que existiam nos anos 70 e 80. A justificação que creio ser possível para esse facto reside na circunstância de que o objectivo para o seu uso é exclusivamente para locomoção utilitária, isto é, para os afazeres do dia-a-dia e nada mais.

E diga-se, são aos milhares.

A quarta e última característica que torna esta cidade única é a sua mais do que evidente liberalidade, não no sentido político do termo, mas na forma como questões que noutros contextos são entendidas como "fracturantes" são aqui totalmente convencionais.

Desde as "coffeeshops" espalhadas um pouco por toda a cidade onde livremente se consome marijuana (com o seu cheiro tão característico) a qual é vendida na loja em frente ou ao lado, passando pela aceitação plena da homossexualidade (sinalizado sem preconceitos um pouco por todo o lado com as suas típicas bandeiras do arco-íris ou por celebrações matrimoniais públicas entre pessoas do mesmo sexo) e da prostituição (no famoso Red Light District) ou ainda na liberdade religiosa.

Poder-se-ia pensar que se trata de uma característica dos "tempos modernos", mas não. 

A Holanda sempre soube lidar com a diferença de opinião ou de crença. Desde muito cedo aceitou, por exemplo, a liberdade religiosa, o que fez com que por exemplo se tenha estabelecido em Amesterdão uma rica e próspera comunidade judaica (entre eles muitos portugueses) e que estão na base da expansão ultramarina holandesa (por via do seu financiamento) e da sua reconhecida capacidade de gerar riqueza (algo que nem a segunda guerra mundial que dizimou a quase totalidade da população judia de Amesterdão conseguiu parar).

Os exemplos dessa convivência ainda permanecem na cidade, seja no museu judaico, na sinagoga portuguesa ou na imensa multiculturalidade da cidade.

O Estado e a cidade parecem afinal ter conseguido o equilíbrio necessário entre a legalidade e a tolerância o que, em bom rigor, diminui drasticamente o tráfico e o consumo ilegal de drogas e da exploração das mulheres através da prostituição e ainda recolhe os impostos decorrentes dessas actividades.

Poderá pensa-se que com tudo isto Amesterdão será uma cidade suja e perigosa. Nada mais errado.

Dificilmente terei estado num local onde seja menos evidente a presença de policiamento e onde as ruas sejam tão limpas, ainda que recorrentemente (e sem razão aparente) por elas passem carros de limpeza e lavagem do chão.

Feliz a cidade onde as pessoas podem viver as suas vidas de acordo com a lei mas igualmente de acordo com as suas opções de vida serem constantemente "julgados" por tal pela sociedade.





sexta-feira, 24 de junho de 2016

Amsterdão - Dia 3

A definição de um modelo de viagem pode partir de uma abordagem dupla, isto é, planear e efectuar a viagem sozinho ou através de um plano previamente desenhado, nomeadamente com recurso a uma agência de viagens.

Como em quase tudo haverá sempre vantagens e desvantagens mas, pessoalmente, escolho preferencialmente a primeira opção sempre e quando o destino de viagem é um país da Europa ocidental.

Entendo que se trata de "terreno" suficientemente amigável para se poder correr o risco de nos aventurarmos por conta e risco.

Esta forma de abordagem permite uma gestão do tempo em função do nosso próprio livre arbítrio e para algo que considero fundamental: a possibilidade de improviso.

Uma viagem em grupo implica necessariamente ser fiel a um programa pré-estabelecido, tempos quase sempre rigorosamente marcados e uma cerra tendência para ocupar parte do tempo em vertentes de natureza comercial, vulgo, compras.

Ora, quando, como sucedeu, temos a oportunidade de visitar dois dos mais importantes museus do mundo, a capacidade de poder gerir o nosso tempo é fulcral.

É certo que a existência de um guia permite uma análise aprofundada de determinadas obras, mas.... por outro lado creio que o tempo "gasto" num quadro é posteriormente "compensado" com uma visita apressada aos demais.

O Rijksmuseum ou museu da Holanda é o mais "completo" por ter uma temática mais alargado abrangendo a pintura sobretudo flamenga, mas não só, desde o século XII até ao período contemporâneo.

O ex-libris deste museu é claramente "A Ronda da Noite" de Rembrandt, um fabuloso quadro de grandes proporções que, claramente ocupa o centro das atenções numa das principais salas.

O outro quadro de referência é "A leiteira" de Vermeer, com toda a sua luminosidade quase fotográfica da cidade de Delft.

O segundo grande museu de visita indispensável é o Museu Van Gogh que, como o próprio nome indica, reúne um magnífico acervo de pinturas deste mestre incontornável da história da pintura, mas igualmente de alguns do seus contemporâneos.

É de esperar que a visita a estes dois locais não demore menos de 4/5 horas, por isso faz todo o sentido agendar um dia para os visitar até porque estão situados lado-a-lado na mesma zona de Amsterdão.

Inúmeras salas representam, como não podia deixar de ser, um esforço considerável a pé, não sendo imaginável que assim não seja.

E no meio de tudo isto como é que se "convencem" dois jovens a acompanhar os adultos sem reclamar?

Existem, a meu ver, 3 segredos para que tal aconteça:

Em primeiro lugar evitar a todo o custo questionar com os próprios a sua condição física na certeza que é normalmente é o fio condutor para que o tema surja nas suas mentes com muito maior frequência do que é desejável;

Em segundo lugar deixar que sejam eles a visitar o "seu" museu, não impondo os nossos próprios gostos ou necessidade de atenção permanente a tudo aquilo que para nós é relevante, ignorando que talvez não o seja para eles.
Em terceiro lugar e a meu ver aquele que se revela fundamental passa por cultivar desde cedo a apreciar a arte em geral, o gosto por viajar, o interesse em ver coisas novas, diferentes culturas.

É um exercício difícil? Certamente. Mas tal como nas árvores, os frutos serão colhidos mais tarde.









quinta-feira, 23 de junho de 2016

Amsterdão - Dia 2

A manhã de um qualquer dia de viagem marca o início de algumas decisões fundamentais para a forma como essa mesma viagem irá decorrer.

Basicamente importa responder a três questões: a que horas me quero levantar, o quanto estou disposto a andar a pé e estou ou não disponível para aguardar em longas filas para ver aquilo que quero.

Para mim foi sempre muito claro que passear pode não rimar com descansar. Por isso mesmo é perfeitamente plausível que a hora de acordar não seja muito diferente da rotina semanal de trabalho. Simplesmente o fim e o usufruto é que variam consideravelmente.

Em Amsterdão esta regra também é valida.

E sim, estou totalmente disponível para andar, andar mesmo muito, para conhecer a cidade. O segredo? Procurar ignorar as dores nos pés e desfrutar de tudo o que nos rodeia e de tudo o que uma cidade tem para nos "oferecer".

Essa disponibilidade é extensível à "angústia" de ter de esperar 1/2 horas para ver algo que havia sido definido como prioritário na visita.

É o caso da visita (obrigatória) à casa da Anne Frank, em que é preciso, no mínimo, estar à porta entre 1,30 a 2 horas antes da abertura ao publico sem bilhetes comprados online. Dessa forma é sempre possível reservar online, contudo, rapidamente percebi que, no mínimo, essa reserva tem de ser feita com mais de um mês de antecedência....

Rever este espaço ou vê-lo pela primeira vez é algo a que todas as pessoas deveriam ser "obrigadas" pelo menos uma vez na vida. Recorda a todos nós o horror de uma época, mas também que no meio desse horror alguém consegue agarrar-se a tão pouco para sobreviver ao medo e ao isolamento de um esconderijo. Recorda também que existe sempre alguém disponível para correr riscos e ser solidário quando mais se precisa e na pior das condições.

Pessoalmente deixa também a marca da força da escrita, consubstanciando no seu famoso diário.
Outro ponto de interesse são as duas principais igrejas de Amesterdão, a "velha" e a "nova", assim designadas em função da sua antiguidade, embora após visita a cada uma delas não seja assim tão evidente a diferença de idades.

A parte curiosa, aliás extensível a outros templos da cidade é que parecem consideravelmente mais antigas quando vistas de fora do que própria por dentro, não havendo uma ostentação de riqueza tão típica das igrejas cristãs.

Por fim, salientar o museu de Amesterdão, não porque se destaque pelo acervo das suas obras, mas pela interactividade que proporciona ao visitante, permitindo conhecer de forma mais próxima a história e a antiguidade da cidade.

Amanhã será o dia dos grandes museus. 




quarta-feira, 22 de junho de 2016

Amsterdão - Dia 1

Ao longo dos muitos anos desde que viajo mas sobretudo nos últimos anos, criei uma série de rotinas prévias a cada nova viagem e que se têm revelado extremamente úteis ao longo desses mesmo anos.

Esta viagem a Amesterdão não foi, de forma alguma, excepção.

Tudo começa, como não podia deixar de ser, com a definição do local onde se quer ir e, neste capítulo há, felizmente, muita e variada escolha.

Certo é que, normalmente, os destinos na Europa são necessariamente mais associados à cultura, história e artes em geral.

Por isso, Amesterdão - local onde já havia estado há cerca de 20 anos - foi uma escolha natural.

Partindo do pressuposto que o objectivo será conhecer o mais possível de cada local, num tempo necessariamente limitado e com um orçamento reduzido, é fundamental preparar adequadamente a viagem, assumindo algumas rotinas, que seguidamente resumirei.

Em primeiro lugar a escolha da época da viagem está longe de ser indiferente, sendo que as denominadas "épocas altas" são geralmente mais caras em todos os aspectos.

Em segundo lugar há que definir o número de dias da viagem, mais concretamente o número de dias úteis para conhecer o local que elegemos para esse efeito.

Tal análise está claramente condicionada pela dimensão de cada cidade, mas geralmente um período de 5 dias, se devidamente preparados, é suficiente para se fixar a conhecer razoavelmente uma cidade, nomeadamente uma capital europeia.

Em terceiro lugar importa definir que tipo de "vida" se pretende ter nessa cidade, isto é, se maioritariamente reservada para actividades culturais, gastronómicas ou, por exemplo, de vida noturna.

Como quase sempre, a minha escolha recai sobre a vertente cultural, deixo claramente de lado as restantes "opções".

Assim sendo, as principais dicas para a preparação de uma viagem com esta configuração são as seguintes:

A marcação do voo deve acontecer com uma antecedência mínima de 3 meses.

Esta opção tem naturalmente riscos uma vez que poderão sempre surgir inconvenientes mais tarde que comprometam a viabilidade da viagem e por arrastamento o dinheiro despendido.

A questão é que normalmente as viagens compradas com esta antecedência são mais baratas porque as companhias aéreas acabam por ter a receita garantida por antecipação e por isso são tendencialmente mais competitivas.

Por outro lado quem está disponível para arriscar saber se existirá ou não uma "Last minute offer"?

Normalmente as companhias low cost são as mais atractivas embora com algumas condicionantes em termos de horários de voos o que pode comprometer o dia da ida e de regresso.

Por isso mesmo, todo o tempo é precioso, sendo aconselhável levar apenas bagagem de mão para evitar perdas de tempo na recolha de bagagens (isto se a bagagem não se perder...).

Este princípio pode também ser válido para o hotel escolhido.

Confesso que passo muito pouco tempo em hotéis e, quase naturalmente, a escolha recai, quase sempre, em hotéis low cost o mais próximos do centro da cidade, o que nem sempre é fácil, pelo que a existência de uma linha de metro próxima é quase sempre uma boa solução.

Por outro lado raramente escolho a opção com pequeno almoço.

É verdade que um bom buffet pode ser interessante mas, muito sinceramente, gastar 9/10 euros num pequeno almoço por pessoa está longe de justificar a qualidade da oferta, e quase sempre comer algo fora do hotel, mesmo com menor quantidade fica claramente mais em conta.

Por fim, a viagem decorre tanto melhor quanto melhor seja a organização prévia da mesma.

Há que perceber bem tudo aquilo que é indispensável ver, aquilo que se for possível deve ser visto e o que não justificará necessariamente uma visita, mas igualmente verificar em que local se encontra cada um desses sítios a fim de evitar perdas de tempo "às voltas" quando, afinal, provavelmente se estava tão perto desse mesmo local.

Um bom guia de viagem é, nesse aspecto, um bom "investimento" e, pessoalmente, opto há vários anos pelos guias American Express, por conterem basicamente toda a informação necessária.

Tempo é dinheiro, como se costuma dizer, um bom guia ajuda a poupar tempo. Por outro lado alerta-nos para determinados locais de interesse que normalmente nos fogem num passeio "desorganizado".

Amanhã é um novo dia, e amanhã começa, em bom rigor, a viagem.