No primeiro dos textos sobre este roteiro desde logo se afirmava que o título destinado a identificar esse mesmo roteiro surgiria em qualquer caso a identificação de "Picos da Europa" ainda que os caminhos nos levassem a outra região autónoma, no caso vertente a região da Galiza.
Assim foi com a chegada a Santiago de Compostela, imponente e monumental cidade da Galiza, conhecida em particular por dois motivos: a magnífica catedral e os muitos caminhos pedestres que levam a essa mesma catedral, num misto de devoção religiosa mas também de desafio pessoal de percorrer centenas de quilómetros para chegar a um local cujo simbolismo ultrapassa e muito a própria fé de quem até ali caminha.
Mas Santiago de Compostela é muito mais do que a catedral, é um local repleto de pequenas, médias e grandes igrejas, edifícios históricos, tornando esta cidade num local de peregrinação sobretudo cultural, imperdível para quem se deslumbra com a riqueza cultural de uma cidade como Santiago, independentemente da maior ou menor fé de cada pessoa.
Lamentavelmente a fachada da catedral encontrava-se integralmente em obras bem como algumas partes do seu interior, nomeadamente o seu impressionante altar (apenas parcialmente), algo que parece suceder sempre em alguma parte a quem tem por hábito de viajar ao ponto de se achar que se tratará de uma espécie de "má-sorte" quando, afinal de contas, será apenas e tão-somente fruto das circunstâncias.
Santiago de Compostela merece ser visitada, vista com atenção, sentida na plenitude.
Simbolicamente a viagem iria terminar no fim da terra, ou no local que era também o sítio onde os Caminhos de Santiago também terminavam, ou seja, o Cano Finisterra, o tal "fim da terra", onde o mar inunda a terra e nos faz sentir pequenos perante a dimensão da imagem que o horizonte nos coloca.
Somos um mundo pequeno, cheio de vida e cultura, oceanos, vida. Há que aproveitar todos os momentos. Este novo roteiro foi mais um passo nesse sentido.