sexta-feira, 24 de junho de 2016

Amsterdão - Dia 3

A definição de um modelo de viagem pode partir de uma abordagem dupla, isto é, planear e efectuar a viagem sozinho ou através de um plano previamente desenhado, nomeadamente com recurso a uma agência de viagens.

Como em quase tudo haverá sempre vantagens e desvantagens mas, pessoalmente, escolho preferencialmente a primeira opção sempre e quando o destino de viagem é um país da Europa ocidental.

Entendo que se trata de "terreno" suficientemente amigável para se poder correr o risco de nos aventurarmos por conta e risco.

Esta forma de abordagem permite uma gestão do tempo em função do nosso próprio livre arbítrio e para algo que considero fundamental: a possibilidade de improviso.

Uma viagem em grupo implica necessariamente ser fiel a um programa pré-estabelecido, tempos quase sempre rigorosamente marcados e uma cerra tendência para ocupar parte do tempo em vertentes de natureza comercial, vulgo, compras.

Ora, quando, como sucedeu, temos a oportunidade de visitar dois dos mais importantes museus do mundo, a capacidade de poder gerir o nosso tempo é fulcral.

É certo que a existência de um guia permite uma análise aprofundada de determinadas obras, mas.... por outro lado creio que o tempo "gasto" num quadro é posteriormente "compensado" com uma visita apressada aos demais.

O Rijksmuseum ou museu da Holanda é o mais "completo" por ter uma temática mais alargado abrangendo a pintura sobretudo flamenga, mas não só, desde o século XII até ao período contemporâneo.

O ex-libris deste museu é claramente "A Ronda da Noite" de Rembrandt, um fabuloso quadro de grandes proporções que, claramente ocupa o centro das atenções numa das principais salas.

O outro quadro de referência é "A leiteira" de Vermeer, com toda a sua luminosidade quase fotográfica da cidade de Delft.

O segundo grande museu de visita indispensável é o Museu Van Gogh que, como o próprio nome indica, reúne um magnífico acervo de pinturas deste mestre incontornável da história da pintura, mas igualmente de alguns do seus contemporâneos.

É de esperar que a visita a estes dois locais não demore menos de 4/5 horas, por isso faz todo o sentido agendar um dia para os visitar até porque estão situados lado-a-lado na mesma zona de Amsterdão.

Inúmeras salas representam, como não podia deixar de ser, um esforço considerável a pé, não sendo imaginável que assim não seja.

E no meio de tudo isto como é que se "convencem" dois jovens a acompanhar os adultos sem reclamar?

Existem, a meu ver, 3 segredos para que tal aconteça:

Em primeiro lugar evitar a todo o custo questionar com os próprios a sua condição física na certeza que é normalmente é o fio condutor para que o tema surja nas suas mentes com muito maior frequência do que é desejável;

Em segundo lugar deixar que sejam eles a visitar o "seu" museu, não impondo os nossos próprios gostos ou necessidade de atenção permanente a tudo aquilo que para nós é relevante, ignorando que talvez não o seja para eles.
Em terceiro lugar e a meu ver aquele que se revela fundamental passa por cultivar desde cedo a apreciar a arte em geral, o gosto por viajar, o interesse em ver coisas novas, diferentes culturas.

É um exercício difícil? Certamente. Mas tal como nas árvores, os frutos serão colhidos mais tarde.









Sem comentários:

Enviar um comentário