domingo, 26 de junho de 2016

Amsterdão - Dia 5

Uma das vantagens em poder planear uma viagem sem qualquer dependência de um programa pré-formato é podermos decidir sair da cidade e ir à descoberta dos seus arredores.

Quando tal situação se coloca num país relativamente pequeno como a Holanda e ainda por cima situado na Europa central essa descoberta pode mesmo envolver outros países.

O conselho é, no entanto, que essa "aventura" seja preparada com antecedência, de forma a garantir a disponibilidade de uma viatura de acordo com as nossas necessidades e carteira, algo que está associado ao tempo estimado de duração da viagem pretendida.

Se for apenas por um dia, como foi o caso, não se justifica uma viatura grande e com especiais necessidades de bagageira, simplesmente porque ela não é necessária.

Marcar o aluguer cedo da viatura e o check-out o mais tarde possível são duas boas opções bem como pagar o valor extra correspondente ao seguro da franquia, a qual pode ser considerável em caso de um "azar".

O planeamento da viagem deve levar em consideração o que se pretende visitar e o tempo de deslocação expectável, sendo recomendado a utilização de um navegador GPS, que no meu caso é através da aplicação NAVMII, bastante completa e sem necessidade de Wi-Fi.

Havendo tempo disponível, a opção por estradas secundárias é manifestamente preferível às autoestradas, apesar da rede de estradas na Holanda ser bastante boa, bem assinaladas e, pasme-se, sem cobrança de portagens (algo que já não sucede em território belga).

Um handicap é a quase ausência de bombas de gasolina junto às autoestradas, o que obriga necessariamente a uma "gestão" da disponibilidade de combustível para efectuar a viagem sem percalços.

Assim sendo, cedo se iniciou a viagem a Brugge em território belga, uma belíssima cidade perfeitamente visitável a pé (deixando o carro fora das fortificações que marcam as diversas entradas na zona histórica de Brugges) situada a cerca de 230 kms de Amesterdão, a qual se apresenta como um cruzamento entre as cidades medievais de Lucca em Itália e Carcassone em França, embora com uma "personalidade" claramente própria.

Em seguida e de regresso a território holandês, a opção recaiu pela visita à cidade de Delft, uma pequena e particularmente bela cidade conhecida pela sua famosa cerâmica e por ser a cidade modelo de grande parte dos quadros do pintor flamengo Vermeer, apresentando ainda um conjunto assinalável de imponentes igrejas com torres com largas dezenas de metros de altura.
É impossível não imaginar os quadros de Vermeer quando se olha para as casas típicas da cidade e o seu "casamento" perfeito com a rede de canais que a cruzam com as suas águas tranquilas, repletas de nenúfares.

Em seguida a visita "obrigatória" a duas referências da Holanda: os campos de tulipas em Keukenhof e os seus típicos moinhos de vento em Zaaense Schans.

Se no caso dos campos de tulipas a desilusão foi uma realidade em virtude da respectiva colheita ter ocorrido algum tempo antes, já a visita aos moinhos foi tudo o que se esperava com a vantagem de não se encontrar "inundado" de turistas por ser já final da tarde.

Um cenário rústico, quase místico, são os ingredientes deste local.

Para lá da grande cidade de Amesterdão há um mundo essencialmente rural totalmente aproveitado (sem prejuízo das grandes cidades portuárias de Roterdão ou Antuérpia), que justificam plenamente um dia de viagem.









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