quinta-feira, 23 de junho de 2016

Amsterdão - Dia 2

A manhã de um qualquer dia de viagem marca o início de algumas decisões fundamentais para a forma como essa mesma viagem irá decorrer.

Basicamente importa responder a três questões: a que horas me quero levantar, o quanto estou disposto a andar a pé e estou ou não disponível para aguardar em longas filas para ver aquilo que quero.

Para mim foi sempre muito claro que passear pode não rimar com descansar. Por isso mesmo é perfeitamente plausível que a hora de acordar não seja muito diferente da rotina semanal de trabalho. Simplesmente o fim e o usufruto é que variam consideravelmente.

Em Amsterdão esta regra também é valida.

E sim, estou totalmente disponível para andar, andar mesmo muito, para conhecer a cidade. O segredo? Procurar ignorar as dores nos pés e desfrutar de tudo o que nos rodeia e de tudo o que uma cidade tem para nos "oferecer".

Essa disponibilidade é extensível à "angústia" de ter de esperar 1/2 horas para ver algo que havia sido definido como prioritário na visita.

É o caso da visita (obrigatória) à casa da Anne Frank, em que é preciso, no mínimo, estar à porta entre 1,30 a 2 horas antes da abertura ao publico sem bilhetes comprados online. Dessa forma é sempre possível reservar online, contudo, rapidamente percebi que, no mínimo, essa reserva tem de ser feita com mais de um mês de antecedência....

Rever este espaço ou vê-lo pela primeira vez é algo a que todas as pessoas deveriam ser "obrigadas" pelo menos uma vez na vida. Recorda a todos nós o horror de uma época, mas também que no meio desse horror alguém consegue agarrar-se a tão pouco para sobreviver ao medo e ao isolamento de um esconderijo. Recorda também que existe sempre alguém disponível para correr riscos e ser solidário quando mais se precisa e na pior das condições.

Pessoalmente deixa também a marca da força da escrita, consubstanciando no seu famoso diário.
Outro ponto de interesse são as duas principais igrejas de Amesterdão, a "velha" e a "nova", assim designadas em função da sua antiguidade, embora após visita a cada uma delas não seja assim tão evidente a diferença de idades.

A parte curiosa, aliás extensível a outros templos da cidade é que parecem consideravelmente mais antigas quando vistas de fora do que própria por dentro, não havendo uma ostentação de riqueza tão típica das igrejas cristãs.

Por fim, salientar o museu de Amesterdão, não porque se destaque pelo acervo das suas obras, mas pela interactividade que proporciona ao visitante, permitindo conhecer de forma mais próxima a história e a antiguidade da cidade.

Amanhã será o dia dos grandes museus. 




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