terça-feira, 17 de julho de 2018

Uma Viagem à Escócia / Turas gu Alba

Para viajantes adeptos do improviso planear uma qualquer viagem é um processo relativamente simples, bastando para o efeito marcar a viagem de ida e volta e deixar o resto ao sabor dos dias, sem acautelar grandes preocupações com eventuais surpresas ou infortunios de viagem, na certeza porém que o tempo decorrer da forma como o viajante dele fizer uso.

Não sendo particular adepto desta metodologia não deixo de reconhecer que uma viagem que tem por objetivo em boa parte do seu tempo circular pelo país de destino terá sempre o inconveniente de "obrigar" a paragens forçadas em locais de dormida que, casualmente, poderão não ser os mais oportunos por se verificar calharem em momento demasiado cedo ou demasiado tarde no local de destino inicialmente previsto.

Por isso mesmo a preparação de uma viagem de 10 dias e meio à Escócia, em que apenas 1 dia e meio tinham poiso fixo, teve como plano prévio o agendamento do hotel para esse dia e meio e o aluguer da viatura para os dias seguintes para além, claro está, da viagem de avião propriamente dita, comprada como habitualmente com a necessária antecedência para garantir, espera-se, o melhor preço possível.

A este respeito a melhor opção revelou-se a da companhia aérea low-cost EasyJet, em função do preço, ausência de escalas e do respectivo horário, ainda que a viagem de regresso tivesse como hora marcada as 06:20 da manhã, o que actualmente implica quase passar a noite no aeroporto pagando ainda assim mais uma noite no hotel onde se ficarão afinal de contas poucas horas ainda que, por outro lado, permita chegar ao destino igualmente cedo e aproveitar o resto do dia.

O que fica do planeamento da viagem é um mero escrito em papel, resultando do "estudo" efectuado ao longo do tempo que decorre entre a marcação da viagem e a sua realização, aquele que parece não chegar nunca, e que no local se ha-de ver se será seguido exemplarmente ou dado a improvisos resultantes de contingências - quase sempre favoráveis - que não são de forma alguma antecipáveis.

Assim sendo o primeiro dia acaba por ser mais exatamente de apenas meio dia, tempo suficiente para que não se diga que se trata de um dia perdido.

Meio-dia em Edimburgo / Meadhan-latha ann an Dùn Èideann

Quando se chega a um novo e desconhecido - mesmo que já préviamente "estudado" conforme referido anteriormente - não deixa de se assemelhar a uma descoberta. Por isso mesmo deixado para trás a tarefa de perceber como é que se chega do aeroporto para o centro da cidade e do centro da cidade para o hotel, tarefa essa que diga-se é bastante simples, bastando para o efeito apanhar um autocarro número 100 que segue diretamente para o centro da cidade, 24 horas por dia, 7 dias por semana, com um intervalo máximo de 10 minutos. A viagem demora cerca de 30 minutos e aconselha-se a compra no mesmo momento do bilhete de ida e volta, fica mais em conta e afinal de contas teremos mesmo de voltar.


A cidade de Edimburgo tem como denominador comum o castelo que se ergue bem no alto. O resto desenvolve-se em duas artérias principais: a Royal Mile que tem esse nome por ser essa a distância entre o castelo e o Palácio de Holyrood e a Princes Street.

A opção foi percorrer esta última avenida entre a estação de Waverley e o extremo oposto desta longa avenida que coincide com o sopé da montanha onde se ergue o castelo de Edimburgo, onde se destaca um amplo jardim, muito povoado por locais e estrangeiros, gozando um dia pouco "british" ou melhor dizendo "scottish", com sol e algum calor a convidar ao descanso.


Pelo meio ergue-se uum imponente monumento, o Scott Monument, a Scottish National Gallery, terminando com uma das muitas igrejas existentes na cidade, quer católicas quer protestantes ou mais exatamente, das diferentes ramificações de ambas as correntes do cristianismo.

Justifica-se ainda o esforço (controlado) de uma subida ao Calton Hill, no extremo oposto ao do castelo de Edimburgo, onde se ergue uma curiosa edificação cujos pilares que nos remete para os templos gregos ou romanos, mas que vale sobretudo pela fabulosa vista 360º sobre a cidade.

Devido ao adiantado da hora já não foi possivel efectuar qualquer visita, o que nem quer dizer que fosse tarde, apenas simplesmente as principais atracções fecham bastante cedo, entre as 16 e as 17h, o que aliás acaba por ser um constrangimento para quem muito quer ver em pouco tempo.















Sem comentários:

Enviar um comentário