A visita ao Castelo de Edimburgo já estava previamente marcada online, uma opção inteligente para evitar as longas filas e escolher a hora pretendida que, no caso vertente, recaiu precisamente na primeira hora disponivel, isto é, a partir das 09:30. Outra nota a ter em conta: as atrações, as lojas e restaurantes também abrem tarde, quase sempre a partir das 10h.
Este castelo, representativo de diversas épocas, é sobretudo dedicado à história da cidade, não havendo grandes atracções no seu interior. O principal é o impecável estado de conservação e a exemplar vista sobre a cidade, pelo que a visita poderá ser perfeitamente efectuada em 01h:30m, sem pressas.
Seguiu-se uma visita ao Scottish National Gallery, um museu não muito extenso mas com um acervo interessante que merece uma visita nem que seja pelo facto de ser gratuito, como alías sucede com os museus públicos.
O tempo seguinte foi dedicado a visitar a Royal Mile e em particular as igrejas, algumas delas com essa configuração apenas exterior uma vez que o inteiror poderá perfeitamente ter sido entretanto modificado para restaurante ou bar. Talvez seja aquilo que mais surpreende quer em Ediumburgo que noutras cidades, as igrejas são consideravelmente mais interessantes do lado de fora do que por dentro. A razão, para além da atrás referida, é de natureza religiosa, uma vez que nestes espaços de culto não existem imagens ou mesmo um altar. São simples e dedicadas à oração, sem "distrações" como facilmente alguém se oferecerá para nos explicar, de forma absolutamente educada, quando nelas entramos.
Foi isso que sucedeu numa igreja presbiteriana em que alguém, que dificilmente associamos a um padre entabulou conversa comigo, explicando-me as diferenças entre uma igreja católica e aquela onde nos encontrávamos, passando pela forma como o próprio "tinha encontrado Deus" e terminando com a pergunta se pretendia que ele fizesse uma oração em favor de alguém. Meio desconcertado e não querendo ser indelicado acabei por responder "sim, pode ser aos meus filhos". E ali mesmo olhou para o chão e orou por eles. Agnóstico confesso não me senti convertido mas acredito que dali mal não vem e por isso agradeci e partimos para o próximo local.
Esse local é o palácio Real de Holyrood, mesmo no extremo oposto da Royal Mile e ali chegados, prontos a comprar os bilhetes fomos informados que Sua Alteza Real a Raínha Elizabeth II estaria para chegar. Seguiu-se um misto de emoções, por um lado a inoportuna visita impossibilitava a visita pleneada aquele local, por outro lado constituia uma oportunidade soberana de "ver a Raínha" e assim nos colocámos num local que, segundo percebemos, corresponderia aquele por onde deveria entrar a soberana, embora sem nunca acautelar a veracidade dessa informação.

Para grande decepção afinal a porta de entrada era outra, um pouco mais ao lado, por isso pouco mais deu para ver do que a branca cabeleira real e os movimentos da guarda real, impecávelmente vestidos, ao som das tradicionais gaitas-de-foles, que só por si justificam a inusitada espera. Pior parece ser a espera dos tais subditos reais que esperando em pé e ao sol por sua Alteza apenas a vêm ao longe, sem sequer terem direito a um aproximar fisico para o famoso aceno real.
A musica termina, a guarda-real desmobiliza, os convidados aperaltados voltam para os seus carros e o "circo" real é dado por concluido.
Por esta altura também já nada havia mais para visitar, por isso era tempo de jantar e recolher.
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