Findo o período pascal é tempo de lembrar que se há conflito que tem passado de geração em geração é o denominado conflito israelo-árabe.
Trata-se de um conflito que retroage aos tempos da demanda pela terra prometida que, de acordo com os textos bíblicos corresponde ao actual Estado de Israel.
Acontece que esta “terra prometida” corresponde igualmente ao território da Palestina, Cisjordânia, Jordânia Ocidental, sul da Síria e o sul do Líbano.
E se outras justificações não houvesse é por aqui que começa um problema que subsiste até aos dias hoje.
Ou seja, aquilo a que Israel reclama como seu já tinha “dono” (não necessariamente com as configurações actuais), à data do êxodo e portanto o povo recém-chegado sempre foi visto como uma espécie de invasor ou de ocupante.
Sendo todos descendentes de uma linha comum patriarcal, a religião judaica havia, contudo, já derivado da religião dominante na região, isto é, o islamismo, facto de contribuiu (e continua a contribuir) para aumentar a desconfiança comum.
Poderá, igualmente, parecer estranho o motivo que justifica a determinação destes povos na supremacia de uma região manifestamente pobre em recursos naturais e essencialmente desértica.
Talvez resida então aqui o principal motivo do conflito.
Ao longo dos séculos o povo judaico alargou consideravelmente a sua linha de influência e, sobretudo após a independência do seu Estado, passou a exercer um papel de força dominante na região, impondo a sua ordem.
Essa “nova” ordem foi imposta à custa dos restantes povos da região, tendo na sua base um enorme poderio financeiro e militar, fruto da “ajuda” externa dos poucos mas muito relevantes aliados, com os Estados Unidos à cabeça.
É, aliás, esta quase “sagrada aliança” que tem valido e muito ao Estado de Israel quando, por exemplo, as suas acções são questionadas nas Nações Unidas, fruto do famoso (e paralisante) direito de veto normalmente exercido pelos EUA nessas ocasiões.
Embora a religião tenha sido a base da discórdia não creio que este mesmo argumento possa ser hoje em dia a força que justifica a aversão com que Israel e os seus vizinhos continuam a “nutrir” uns pelos outros.
Trata-se, a meu ver, de um verdadeiro caso em que chegados a este ponto nenhuma das partes parece querer ceder relativamente às suas pretensões territoriais, mesmo que daí resulte o avolumar do número de mortes e o empobrecimento de boa parte da região.
Ora precisamente quanto mais pobre é um povo menos terá a perder, e a realidade demonstra que o “elo mais fraco” desta equação é precisamente o povo palestiniano, inexistente enquanto Estado formal, mas sobejamente apoiado pelos arqui-inimigos de Israel.
Uma eventual aposta na melhoria das condições de vida dos palestinianos poderia conduzir a igual melhoria das relações entre ambos, permitindo uma coexistência pacífica e, sobretudo, duradoura.
Contudo, tal como uma miragem no deserto, não parece ser possível da passar desta ilusão tornada verdadeira utopia.
O “justificativo” que no passado alimentou o ódio entre estes povos é precisamente o mesmo que o “justifica” actualmente e, creio, continuará a “justificar” no futuro.
É que nada resiste a uma luta de pedras contra espingardas ou quando alguém se decide fazer explodir no meio de inocentes em nome de uma causa ou religião ou ainda à “invasão” territorial devido à necessidade de alojar os novos colonos.
Certo mesmo é a convicção que no meio de tudo isto verdadeiramente inocentes são, de parte a parte, os muitos que morrem sem saber porquê e sem nada terem contribuído para os problemas de uma terra prometida para uns e desejada por outros. Assim vão as cousas.
Trata-se de um conflito que retroage aos tempos da demanda pela terra prometida que, de acordo com os textos bíblicos corresponde ao actual Estado de Israel.
Acontece que esta “terra prometida” corresponde igualmente ao território da Palestina, Cisjordânia, Jordânia Ocidental, sul da Síria e o sul do Líbano.
E se outras justificações não houvesse é por aqui que começa um problema que subsiste até aos dias hoje.
Ou seja, aquilo a que Israel reclama como seu já tinha “dono” (não necessariamente com as configurações actuais), à data do êxodo e portanto o povo recém-chegado sempre foi visto como uma espécie de invasor ou de ocupante.
Sendo todos descendentes de uma linha comum patriarcal, a religião judaica havia, contudo, já derivado da religião dominante na região, isto é, o islamismo, facto de contribuiu (e continua a contribuir) para aumentar a desconfiança comum.
Poderá, igualmente, parecer estranho o motivo que justifica a determinação destes povos na supremacia de uma região manifestamente pobre em recursos naturais e essencialmente desértica.
Talvez resida então aqui o principal motivo do conflito.
Ao longo dos séculos o povo judaico alargou consideravelmente a sua linha de influência e, sobretudo após a independência do seu Estado, passou a exercer um papel de força dominante na região, impondo a sua ordem.
Essa “nova” ordem foi imposta à custa dos restantes povos da região, tendo na sua base um enorme poderio financeiro e militar, fruto da “ajuda” externa dos poucos mas muito relevantes aliados, com os Estados Unidos à cabeça.
É, aliás, esta quase “sagrada aliança” que tem valido e muito ao Estado de Israel quando, por exemplo, as suas acções são questionadas nas Nações Unidas, fruto do famoso (e paralisante) direito de veto normalmente exercido pelos EUA nessas ocasiões.
Embora a religião tenha sido a base da discórdia não creio que este mesmo argumento possa ser hoje em dia a força que justifica a aversão com que Israel e os seus vizinhos continuam a “nutrir” uns pelos outros.
Trata-se, a meu ver, de um verdadeiro caso em que chegados a este ponto nenhuma das partes parece querer ceder relativamente às suas pretensões territoriais, mesmo que daí resulte o avolumar do número de mortes e o empobrecimento de boa parte da região.
Ora precisamente quanto mais pobre é um povo menos terá a perder, e a realidade demonstra que o “elo mais fraco” desta equação é precisamente o povo palestiniano, inexistente enquanto Estado formal, mas sobejamente apoiado pelos arqui-inimigos de Israel.
Uma eventual aposta na melhoria das condições de vida dos palestinianos poderia conduzir a igual melhoria das relações entre ambos, permitindo uma coexistência pacífica e, sobretudo, duradoura.
Contudo, tal como uma miragem no deserto, não parece ser possível da passar desta ilusão tornada verdadeira utopia.
O “justificativo” que no passado alimentou o ódio entre estes povos é precisamente o mesmo que o “justifica” actualmente e, creio, continuará a “justificar” no futuro.
É que nada resiste a uma luta de pedras contra espingardas ou quando alguém se decide fazer explodir no meio de inocentes em nome de uma causa ou religião ou ainda à “invasão” territorial devido à necessidade de alojar os novos colonos.
Certo mesmo é a convicção que no meio de tudo isto verdadeiramente inocentes são, de parte a parte, os muitos que morrem sem saber porquê e sem nada terem contribuído para os problemas de uma terra prometida para uns e desejada por outros. Assim vão as cousas.
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