Ficando desde já a promessa de um roteiro exclusivo pelas principais igrejas de Lisboa, por agora manter-se-á firme a lógica de uma proposta que passando por 3 desses locais haverá de finalmente "desaguar" num outro local - certamente de natureza mundana - na certeza que aquilo que alimenta o espírito não enche necessariamente o estômago.
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Convento dos Cardaes |
Uma dessas áreas correspondente ao convento própriamento dito, ainda hoje habitado em parte por senhoras cegas conforme nos é referido por uma das irmãs que serve de guia durante a "viagem" (as visitas são sempre guiadas), esforçando-se o mais possível por agradar a quem os visita não obstante um evidente amadorismo sobretudo na forma como cada nova sala é apresentada, através do recurso a um discurso memorizado pouco dado a improvisos.
Nada que não se interiorize facilmente sem questionar.
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Convento dos Cardaes |
Este convento tem a curiosidade de ter sobrevivido ao decreto de extinção das ordens religiosas em 1834 que determinava que todos os mosteiros ou conventos deveriam encerrar portas após a morte do último frade ou freira, consoante o local.
O outro foco de atração absolutamente relevante corresponde à igreja situada logo à entrada do convento, ricamente decorada, à qual apenas foi possível aceder através do respectivo coro alto, uma vez que no seu interior se ensaiava um concerto que haveria de ter lugar no final da tarde.
Fica a imagem de uma belíssima igreja.
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Igreja da Graça |
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Igreja da Graça |
O interior desta igreja não será certamente dos mais ricos da cidade de Lisboa por comparação com outros espaços de culto, mas apresenta uma sobriedade que justifica a visita.
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Igreja do Menino Deus |
Refiro-me à igreja do Menino Deus, situado nas traseiras do casario e de uma das entradas para o castelo de São Jorge, que impressiona pela dimensão da sua fachada mas ainda mais pela riqueza do seu interior.
A parte curiosa é saber como se chega ao seu interior....
De facto esta igreja encontra-se sempre fechada e, quem não souber o "segredo" para a poder visitar sairá daquele local com a sensação de frustração de quem teve, em bom rigor, de subir uma das "famosas" sete colinas da cidade totalmente em vão.
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Igreja do Menino Deus |
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Igreja do Menino Deus |
Regressando à zona do Chiado o roteiro assinala o momento inicialmente referido em que importa cuidar do estômago, no pressuposto que o espírito já cuidou de se alimentar adequadamente nos espaços anteriormente mencionados.
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Palácio Chiado |
Mas não se come simplesmente porque afinal de contas fica num palácio que é um exemplo de recuperação e de restauro de um espaço que estava ao abandono e que era até então conhecido apenas por fora pelo seu antigo nome, o palácio Quintela ou do Farrobo, nome de um dos seus ilustres donos.
A oferta gastronómica de qualidade é servida debaixo de tectos tremendamente bem restaurados que convidam a uma visita pelas áreas abertas ao público que pode decidir em qual delas pretende fazer a sua refeição.
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Palácio Chiado |
A noite há-de terminar num dos melhores rooftops ou terraços conforme se queira dizer no pressuposto de que ambas as expressões querem dizer precisamente o mesmo.
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Entretanto |
Refiro-me ao Entretanto que dito desta forma talvez nada diga a quem o lê, mas que corresponde ao terraço, conforme pressupõe o epíteto, que fica no topo do hotel do Chiado, na rua Nova do Almada.
Aí pode-se usufruir de uma vista absolutamente deslumbrante sobre a cidade e em particular para o castelo de São Jorge, bebendo uma bebida,
preferencialmente a dois.
preferencialmente a dois.
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Entretanto |
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