domingo, 14 de agosto de 2016

Porto - Dia 1

Embora tenha estado por diversas vezes no Porto por motivos profissionais e até uma ou duas vezes num contexto mais pessoal não posso, contudo, afirmar conhecer verdadeiramente a cidade do Porto.

Por isso, nada melhor do que um fim-de-semana alargado é uma agenda bem preparada para poder desfrutar convenientemente desta bela cidade.
Ponte D. Luís I

O facto de estarmos a meio de Agosto, isto é, em pleno verão e com a cidade repleta de turistas não constitui claramente uma vantagem no momento de escolha do local para ficar nem no que toca às visitas às principais atracções.

Por isso mesmo, a melhor forma de evitar algumas "surpresas" é, como quase sempre faço, marcar adiantadamente.

Não sendo uma cidade muito grande é, contudo, uma cidade de geografia irregular - excepto nas zonas ribeirinhas - o que implica algum esforço na "arte de caminhar".

Contudo, a existência de diversas pontes permite igualmente que a escolha do apartamento não tenha de ser necessariamente no Porto mas, como foi o caso, em vila nova de Gaia, mesmo junto à ponte D. Luís I, opção que se revelou muito acertada, em termos de custos mas igualmente de usufruto de uma das melhores vistas sobre a cidade e o rio.

E já que estamos do lado de Gaia então um dos pontos obrigatórios passa por visitar uma das famosas caves do vinho do Porto.

Aqui a dificuldade é a escolha, face à enorme variedade de marcas famosas.

No meu caso a escolha recaiu sobre as Caves Calém, uma das mais antigas do Porto. Mesmo admitindo que a visita não varie significativamente das restantes opções, justifica plenamente essa opção, com direito à tradicional prova de vinhos no final embora, pessoalmente, não seja um grande apreciador deste ancestral vinho doce.

Já do lado da Ribeira seguiu-se a visita à lindíssima igreja de São Francisco e o respectivo, embora relativamente modesto, museu e catacumbas, com uma riqueza incomum de talha dourada que injustamente não pode ficar devidamente registada em foto, por ser proibido. 

Bom, proibido mas nada que não se consiga....

Esta questão do "direito" a tirar fotografias é, aliás, um fenómeno que tenho alguma dificuldade em compreender. Se nalguns lados é possível fazê-lo sem restrições (excepto o uso de flash) noutros, com características precisamente iguais, pelo contrário e sem que se perceba exactamente porquê o registo fotográfico é vedado logo à entrada.

Melhor seria que se fizesse como se faz noutras latitudes em que o "direito" à fotografia tem um preço simbólico. Querem uma forma de angariar fundo? Aqui está uma. A fotografia é uma forma de milhares de pessoas levarem a outros uma imagem do que viram levando, potencialmente, a que outros o queiram ver no futuro.

Palácio da Bolsa
O palácio da Bolsa foi a etapa seguinte que, por apenas permitir visitas guiadas, justifica a aquisição prévia do respectivo bilhete.

Trata-se de um edifício situado nas antigas ruínas do convento de São Francisco, ou seja, nas traseiras da igreja com o mesmo nome e alberga actualmente a Associação Empresarial Portuense.

É um espaço de referência no Porto e nem que fosse apenas pela possibilidade de desfrutar do respectivo salão árabe já mereceria inteiramente a visita.

Palácio da Bolsa
Nenhuma viagem pré-programada deverá ser tão "fundamentalista" que não se se permita um ou outro  improviso e, por isso, mesmo estando o tempo a convite e por ser ali relativamente perto, seguiu-se uma visita aos jardins do palácio de cristal, um dos ex-libris da cidade, embora se deva referir que o Porto parece tratar tão "bem" o pavilhão com o nome maior do seu desporto - Rosa Mota - como Lisboa trata o espaço equivalente - o pavilhão Carlos Lopes - ou, dito de outra forma, estão ambos ao abandono e num processo de degradação confrangedor. 

Ribeira
Bem pelo contrário os jardins estão bem cuidados e justificam o passeio, ainda que não sem o esforço de uma subida considerável. Passeio é passeio.

Visita ao Porto sem uma passagem pela Ribeira é uma paragem para refrescar com uma bebida na praça com o mesmo nome é quase impensável, embora deva referir que este espaço parece actualmente uma zona um pouco "para turista ver" e, de facto, eles parecem gostar pois estava a abarrotar deles.

O dia haveria de terminar com a degustação de petiscos na zona ribeirinha de Gaia, onde não faltando oferta especialmente destinada a turístas, aconselha-se a um referência prévia de quem melhor conheça o local. Foi precisamente o que aconteceu, tendo a sugestão - acertada, diga-se - recaído na "Taberninha do Manoel" mesmo ao lado das caves Cálem.

Foi, por assim dizer, terminar onde começou, após quase 14kms de caminhada. 











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